Cinema: Fúria de Titãs

Olá pessoal. Hoje, um pouco atrasado, estou postando meus comentários sobre o recém-lançado Fúria de Titãs (Clash of the Titans 2010).
Dirigido por Louis Leterrier, o filme é um remake do clássico feito em 1981 que leva o mesmo nome. No papel de Perseu está Sam Worthington, um semi-deus filho de Zeus com a esposa de um Rei, Acrísio, que trava uma batalha contra o Olimpo. Então, Perseu nada mais é do que a vingança de Zeus sobre Acrísio.
Bom, eu vou colocar aqui a sinopse oficial do filme e depois colocar meus comentários sobre o filme.


Sinopse:
Um embate entre deuses, liderados pelo todo-poderoso Zeus (Liam Neeson), e sua maior criação, os humanos - de quem passaram a depender através de orações. A maior cidade dos mortais, Argos, é colocada em xeque pelas divindades quando exigem seu tributo de fé: o sacrifício da bela princesa Andrômeda (Alexa Davalos). Do contrário, o lugar será devastado pelo pesadelo monstruoso e colossal chamado Kraken. Em seu caminho já apenas um semideus relutante: Perseu (Sam Worthington)

Bom, eu vi o original de 1981 antes de ver esse novo filme e uma coisa eu posso garantir: guardadas as devidas proporções, ele é muito melhor. O bacana do filme original, além da história claro, são os efeitos stop motion de Ray Harryhousen.
O que o novo filme traz de bom então?
Bem, os efeitos são grandiosos, as cenas de lutas são bem elaboradas, e os cenários muito bons. Pra ser sincero, gostei bastante do clímax do filme.
O que o novo filme traz de ruim?
O resto. Atores mal dirigidos. Sam Worthington num trabalho péssimo, sempre com a mesma cara de mané, Hades parece que tem câncer nas cordas vocais, Zeus e outros deuses usando armaduras a lá cavaleiros do zodíaco reluzentes e uma história mal contada. Tudo é construído de uma forma que qualquer mortal pensaria: mas como assim?
Io, interesse romântico de Perseu aparece do nada para ajudá-lo e parece ganhar a confiança dos soldados e Rei de Argos com extrema facilidade (o filme não deixa claro se eles já se conheciam antes). Andrômeda só está no filme mesmo para ser acorrentada, essa é a única função dela.
Mas eai, vale a pena ver?
Bom...vale sim se você quer ver grandiosos efeitos especiais, grandes cenas de luta e tudo isso. Agora, se você acha que a história vai ser bacana e que por gostar de mitologia grega você vai gostar do filme, então acho melhor você não ter muitas esperanças. Eu vi a versão em 2-D pois várias pessoas que assistiram em 3-D me falaram pra ver em 2-D, pois do contrário me arrependeria amargamente.

Comparações com o original



Bom, o filme, sendo um remake, tem várias coisas diferentes do filme original. Bubo, o imortalizado pássaro de Atena no original aparece nesse filme apenas como uma homenagem. No original, a cidade do Rei Acrisio é destruída pelo Kraken no início do filme e ele morre. Então, quem é Calibos? No original, ele não é o Rei, e sim o filho de uma deusa do Olimpo (não me recordo o nome) que matou vários cavalos, deixando apenas Pegasus vivo. Ele era noivo de Andrômeda e, como pena, foi transformado em monstro por Zeus. Obviamente, Andrômeda não quis mais se casar com um monstro, certo?
A mãe de Perseu não morre no original. Ela o cria até a idade adulta. Os escorpiões gigantes não surgem da mão ou do sangue de Acrisio e sim do sangue da Medusa.
No original, Andrômeda é o interesse romântico de Perseu e por isso Calibos se torna seu inimigo mortal. Além disso, Perseu tem que adivinhar um enigma para poder casar com a princesa.
Bem, são inúmeras diferenças, algumas para melhor outras para pior. O que eu não gosto do original é que Perseu realmente não tem cuidado com os presentes do Olimpo. Ele perde o Elmo (que sequer aparece no remake), perde o escudo na luta contra a Medusa e perde sua espada na luta final contra Calibos.



O que eu vi no remake que foi usado no original muito bem foram os bonecos de barro de Zeus, a luta contra os Escorpiões e o fato do Kraken lembrar sim o monstro original.

Entretanto, isso não salva o filme. Meu conselho: assista, mas sem expectativas e leve alguém com você, porque amigo é pra essas coisas mesmo.