sábado, 15 de dezembro de 2012

O Hobbit: Uma jornada inesperada (Crítica)




Apesar do título, a filmagem do Hobbit foi MUITO esperada por todo mundo, desde fãs, mídia, etc. Com o fim da trilogia “O senhor dos anéis” em 2002, todos começaram a cogitar quando Peter Jackson faria “O Hobbit”, o prelúdio àquela aventura tão grandiosa. Depois de muita confusão, briga judicial, o trabalho caberia ao não menos competente Gillermo del Toro. Os fãs, então, ficaram apreensivos. Ué, e o Jackson? Parecia que esse trabalho só poderia ser realizado por ele e por mais ninguém de uma forma grandiosa. Quis os Deuses do cinema, então, que o trabalho caísse em seu colo novamente.
De início, ficou-se acertado que seriam apenas 2 filmes. Afinal, é a adaptação de apenas um livro. Mas Jackson foi mais ousado (e ganancioso). Tratou logo de dividir em 3 filmes, com um hiato de 1 ano entre os dois primeiros e outro de 6 meses entre o segundo e o terceiro. Pra deixar todo mundo ainda mais apreensivo, filmou a 48 quadros por segundo, trazendo, o que poderá ser, o futuro do cinema.

Um livro em 3 filmes
Cai aí a primeira grande discussão em cima dos filmes. Teria mesmo necessidade de dividir um livro, de certa forma pequeno, em 3 filmes? Isso não seria uma tragédia? É aí que, na minha opinião, Peter Jackson começou muito bem. Apesar de ser um livro pequeno, há muitos acontecimentos que são apenas citados no livro e não são desenvolvidos, coisa que Jackson fez no cinema.  Contar a história de Thorin, de como ele sobreviveu ao ataque de Smaug, o dragão, e tudo o que ele fez pra merecer o respeito de seus colegas anões foi uma sacada de gênio.
O primeiro filme conta apenas 6 capítulos do livro e um pouco dos apêndices de Tolkien. Radagast é apenas citado por Gandalf no livro, enquanto que no filme ele tem algumas boas cenas (e outras nem tanto).
Além disso, é claro o trabalho de Jackson para transformar tudo em uma hexalogia, deixar tudo conectado. A reunião em Valfenda deixa tudo isso muito claro. Até mesmo o começo, que é, de fato, o Senhor dos Anéis.
Não preciso comentar sobre Gollum e Andy Serkis. Seria apenas repetitivo. É sensacional.
Outra coisa mais explorada por Jackson é o orc Azog. No livro, sua participação é bem menor, mas como um bom filme, precisa-se de um bom vilão. E achei isso muito bom. Há algumas diferenças em algumas cenas com o que acontece no livro, mas isso não prejudicou nem um pouco e acho que os fãs não vão ficar decepcionados porque Jackson mudou algumas coisas.

48 quadros por segundo e o 3D
Eu posso dizer, do fundo do meu coração, que nunca vi nada tão belo no cinema. Demora um pouquinho pra você se acostumar e sua vista (pelo menos a minha) cansa quando estamos chegando ao final do filme (são quase 3 horas de filme), mas é tudo tão belo, tão tão FODA, que você fica hipnotizado pelo que está vendo. Você não sabe, em determinados momentos, pra onde olhar, porque tudo é tão milimetricamente perfeito, com uma qualidade que eu nunca pensei que pudesse existir. A reação dos meus amigos também foi positiva quanto a isso. 2D pra os próximos 2 filmes jamais!

Considerações finais
Muita gente tem criticado o filme, dizendo que apenas os fãs estão gostando e tudo mais. Bem, o filme começa de uma forma lenta e vai ganhando velocidade ao longo da jornada dos anões e do jovem Bilbo. Mas é tudo tão grandioso, tudo tão belo e sensacional, que o tempo passa sem você sentir. O que posso dizer é que a continuação dessa jornada inesperada se torna cada vez mais e mais esperada por mim!

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